Na 2.ª jornada da série 6 da fase de manutenção e descida da Liga 3, a equipa do Real SC deslocou-se à Academia de Alcochete onde empatou com o Sporting a uma bola. Gonçalo Costa deu a vantagem aos leões, mas Marcos Barbeiro restabeleceu com toda a classe a igualdade no marcador.
“O resultado acaba por ser justo porque foram duas partes distintas, uma do Sporting CP e uma do Real SC, mas fica um sabor agridoce porque deveríamos ser mais pressionantes e perceber mais rápido o que o jogo estava a pedir para modificar”, referiu Miguel Valença, treinador da equipa, em declarações à Sporting TV logo no final do encontro.
A primeira parte foi claramente um momento de aprendizagem para a equipa.
Num jogo realizado na Academia do Sporting CP, a verdade é que os realistas também quiseram trazer os miúdos de casa. Amadú Baldé somou mais um lugar no 11 inicial e Mustapha Corr – jovem promessa de 18 anos dos Juniores – estreou-se a titular.
Já passavam os 10 minutos do encontro quando o Sporting B esteve muito perto de marcar. Quando se pensava que o lance estava resolvido pela linha de fundo, eis que uma série de ressaltos deram uma oportunidade flagrante à equipa da casa. Contudo, mesmo sem a bola no fundo das redes, o lance acabou por ser anulado.
Eram notórias as dificuldades no lado esquerdo defensivo da equipa de Queluz, que deram ainda mais nas vistas ao minuto 18. Gonçalo Costa conseguiu movimentar-se por entre a defesa adversária e atirou para o 1-0 sem hipóteses para Iuri Miguel.
Pedia-se uma reação imediata do Real SC, mas as constantes transições leoninas pediam uma equipa com os índices de agressividade mais altos.
Aos 25 minutos, destaque para o cruzamento de Mustapha Corr, mas Mika cabeceou à figura de Diogo Almeida.
Num jogo desgastante, Amadú começava a apresentar algumas dificuldades físicas e, mesmo antes do tempo de intervalo, Rúben Freire foi chamado para assumir a posição do jovem guineense.
No segundo tempo, foi logo percetível uma alteração que saltou à vista. Rúben Freire assumiu a lateral esquerda com Mustapha Corr a avançar no terreno.
Chegava a altura de os visitantes começarem a aparecer a espaços no encontro quer por intermédio de bolas paradas ou pela insistência decorrente da agressividade da equipa.
A reação que tivemos demonstra este grupo de trabalho, a força de união também e o acreditar.
Miguel Valença, treinador
Miguel Valença promoveu as entradas de Marcos Barbeiro, Tiago Nunes e Horácio Jau para as saídas de Mustapha Corr, Mika e Paulinho, e a verdade é que foram essenciais para o desfecho do encontro.
Tiago Morgado e Ballack ainda ensaiaram aquele que viria a ser o momento da tarde.
Aos 87 minutos, num lance de insistência do Real SC, eis que apareceu Marcos Barbeiro num dos bicos da grande área para atirar um míssil que só parou no fundo das redes do Sporting CP B. Com direito a festejo acrobático, sentia-se assim um sentimento de alívio na armada realista.
“Não pensei duas vezes, só olhei na baliza e chutei”, explicou Marcos Barbeiro à Sporting TV.
Gritava-se pelo desejo de vencer, mas não houve tempo para mais e o Real SC garantiu mais um ponto importante nesta 2.ª fase para a manutenção na Liga 3.
Estamos dentro dos nossos objetivos, isso é o principal.
Miguel Valença, treinador
