By

“Dançar é o meu Sonho”

Ballet, Contemporânea, Danças

Catarina Abreu está em Roterdão a estudar dança, mas o caminho começou com a professora Santra Santos quando tinha apenas três anos de idade. Um percurso singular desta jovem aluna contado na primeira pessoa.

“Foi somente com 2 anos e meio que tive a minha primeira experiência a dançar. Nessa altura, a minha mãe inscreveu-nos numas aulas de ballet para mães e filhas e foi a partir desse momento que nasceu o bichinho para a dança.

Dançava com tudo: com a música da rádio, com o toque do telemóvel, tudo o que tivesse ritmo fazia-me dançar não interessa onde estava e com estava, estivesse no meio da rua ou em casa mal ouvia uma nota o meu corpo mexia-se sem qualquer tipo de autorização para o fazer.

Uns tempos mais tarde fui para um colégio onde acabei por conhecer a professora Sandra Santos que desde os 3 anos de idade me guiou na minha jornada. Quando me tornei mais velha e já não era uma opção continuar a praticar ballet no colégio onde estava decidi inscrever-me no Real Sport Club, onde já praticava natação, mas desta vez desenvolver as minhas práticas na dança.

Foi aqui que realmente o sonho começou, ir para as aulas de dança com a Sandra era os momentos mais felizes da minha semana e isso acabava por se refletir na minha maneira de estar nas aulas. Era regularmente elogiada pelo meu sorriso constante enquanto dançava.

Catarina Abreu

Devido ao início desta paixão fui evoluindo rapidamente nas aulas de ballet e quando começou a aproximar-se a data dos meus 10 anos a Sandra sugeriu-me fazer audições para a Escola de Dança do Conservatório Nacional onde poderia evoluir na minha técnica. As audições foram dos momentos mais assustadores da minha vida todas as raparigas que me rodeavam pareciam muito mais competentes do que eu, mas a realidade é que em cada fase fui passando e acabei por ser aceite.

O Conservatório foi como uma escola de vida para mim. Há um ano atrás graduei-me após ter lá estado oito anos. Aprendi realmente o conceito de ser bailarina, os sacrifícios que tem de ser feitos, mas talvez onde aprendi que para termos futuro neste mundo tão competitivo da dança é preciso alimentar a paixão. Existem momentos em que duvidamos devido a lesões, mas também pela competição que existe entre as pessoas na turma.

Foi um percurso complexo fisicamente e psicologicamente, mas eu sabia que era um sonho que estava determinada a concretizar.

Catarina Abreu

Participei em inúmeras competições nacionais e internacionais em Berlim, Paris e no Porto. Fiz cursos de verão no Mónaco e em Espanha. Foi-me apresentado a dança contemporânea que veio completar a minha paixão pela dança. O contemporâneo deu-me a liberdade de movimento que por vezes não conseguia ter no clássico, mas também foi graças à minha técnica que ballet que consegui evoluir na dança contemporânea.

No futuro, quero ingressar numa companhia de dança contemporânea, mas para o conseguir candidatei-me o ano passado na Codarts, uma Universidade de Dança em Roterdão, onde os alunos vêm de todos os cantos do mundo. Neste momento sou aluna da Codarts da qual que vou licenciar daqui a três anos. Estar no centro da Europa proporciona-me uma enorme cultura vinda de toda a Europa e de todas as companhias de contemporâneo.

Dançar sempre foi a minha maneira de expressar, de ser eu mesma, é como eu sou feliz. Poderia acrescentar muito mais, mas palavras não chegam para descrever este meu percurso, mas resumindo: dançar é o meu sonho.

Catarina Abreu

Comments are closed.