A Formação Musical do Real Sport Clube está renovada. Há uma nova banda e novos professores. Este último ano letivo foi desafiante para os jovens músicos, mas também para quem está envolvido no projeto. Foi necessário adaptar as valências do clube e a formação a um novo ciclo. A professora Cláudia Santos, responsável pelo Real Música, explica tudo nesta entrevista.
Como surgiu a banda Real People?
Saíram elementos da outra banda, alguns para projetos individuais, outros para bandas e há também casos ligados à representação teatral e musical. Os professores Vítor, que coordenava a banda, e o Frederico, de canto, que tínhamos também seguiram outros projetos. Ficámos com poucos alunos na banda e sem professor para orientar o grupo.
O grupo já funciona em pleno?
Conseguimos arranjar o professor Luís Barreto (Guitarra e Baixo) para coordenar o projeto, entretanto apareceram mais alunos. Por isso, sim, está tudo encaminhado. Acabou por acontecer naturalmente, sem grande pressão ou planos.
Há um membro estrangeiro, quem é?
A Evgnia é grega e como tem facilidade em falar inglês acaba por ser uma mais-valia não só para a banda como para os próprios alunos. Obriga-nos a falar inglês também e isso desenvolve as capacidades linguísticas de todo o grupo.
Que sonoridade podemos esperar dos Real People?
Têm uma roupagem completamente nova. O reportório é novo, escolhido e adaptado pelos músicos e os professores responsáveis pelo grupo.
Como estão as classes do Real Música?
Não estamos lotados, mas vamos ter de abrir mais classes. Este ano letivo, houve momentos em que tivemos de suspender algumas aulas, enquanto remodelávamos o projeto. Agora está tudo a andar sobre rodas, mas estamos a preparar novidades para o próximo ano letivo no que respeita aos horários, para termos mais tempo para os nossos alunos.
Que outras novidades estão a ser preparadas?
Há alguns alunos de teclado que estão num nível avançado. Em vez de estarem inseridos na banda onde acabariam por perder protagonismo por serem vários músicos no mesmo instrumento, vamos proporcionar miniconcertos em salas onde estejam e decorrer eventos culturais, por exemplo, os músicos tocam enquanto decorre uma mostra de arte. O projeto foi aprovado pela direção do Real SC, agora estamos a trabalhar no reportório e a amadurecer a ideia para a colocarmos em prática logo que possível.
Neste momento, há algum instrumento a necessitar de mais músicos?
Sim. Curiosamente, este ano não temos muitos bateristas. Temos um novo professor, José Anahory, agora só precisamos de mais alunos para dar outra roupagem ao projeto, visto que três dos nossos bateristas integram a banda Real People. Para evoluir precisamos sempre de mais e neste momento, para além dos bateristas, precisamos de mais teclados e de insonorizar a sala de ensaios da banda.