Este ano, o espetáculo Dançar para Ajudar teve como tema “À procura de um Final Feliz”, no qual a professora Sandra Santos levou, pelo segundo ano consecutivo ao auditório do Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, um elenco composto por alunos de dança contemporânea e de ballet do Real Sport Clube e bailarinos profissionais.
Dançar para Ajudar nunca foi só mais um espetáculo de dança, na sua génese já servia para proporcionar o bem ao próximo através de histórias fortes, densas que sirvam de convite à reflexão sobre o tema escolhido e a sociedade no geral.
Numa altura em que a Europa é assolada com um drama humano sem precedentes desde o final da segunda grande guerra, o 12.º Dançar para Ajudar levou ao palco do CC Olga Cadaval o drama da longa jornada dos refugiados até à Europa. A professora Sandra Santos já andava a pensar neste tema há algum tempo, mas foi a história de Ameen, um jovem que viajou com a família desde o Iraque até Portugal e que neste momento é seu aluno de dança, que ajudou a compor a narrativa.
Depois de escolhido o tema, chegou o árduo e sempre desafiante trabalho de criar uma simbiose perfeita entre a dura realidade da mensagem, a beleza do espetáculo, os movimentos graciosos do ballet e da dança contemporânea e as diferentes idades dos bailarinos que compõem o elenco. O grupo trabalhou durante meses e o resultado não podia ter sido melhor. É importante referir que este ano, e à semelhança do que aconteceu na edição anterior, os bailarinos convidados não atuaram à parte do espetáculo.
Fernando Duarte e Solange Melo, dupla da Companhia Nacional de Bailado convidada para a 12.ª edição do Dançar para Ajudar, fizeram parte do elenco acrescentando ainda mais qualidade e beleza a esta história que convida à reflexão sobre a solidariedade e o amor pelo próximo.
No final, as centenas de pessoas que compuseram a plateia do CC Olga Cadaval não esconderam a emoção, a alegria e o orgulho no trabalho apresentado. Os aplausos soaram durante largos momentos. E nos olhos e rosto da professora e dos bailarinos, ficou estampado o agradecimento profundo e sincero por mais um ano de Dançar para Ajudar, mais um ano de missão cumprida. No final, e como todos os anos, ficou o pensamento comum: passou tudo tão rápido, foi tudo tão bom.