Como tem sido adaptar os treinos à nova realidade imposta pelo confinamento?
Os treinadores foram formados para dar, treinos e aulas, presenciais. Logo adaptar tudo a esta nova realidade, foi não só é um desafio, como uma aprendizagem contínua. Confesso que não sendo desejável, está a ser mais uma aprendizagem para a vida.
Sendo uma modalidade de contacto físico, quais os maiores desafios neste momento?
A preparação das aulas que quase triplica, selecionar as técnicas para cada aula, ao espaço físico de cada participante, manter a motivação dos alunos e dos pais, substituir um treino geral por um individual, isto porque cada participante está no seu próprio espaço físico, embora o treino a sós tal como está a ser, faça parte de um método de treino que é conhecido como Tandoku Renshu, claro que temporal.
Quando tudo isto passar e podermos voltar aos treinos, qual a primeira coisa que quer fazer?
Quando podermos voltar aos treinos presenciais no tapete, primeiro vamos fazer o ponto da situação com os pais e os alunos, para tentar entender o que foi menos positivo e, como poderia ter sido mais positivo. Vamos querer recuperar o tempo perdido, procurar que a carreira do judoca que se manteve presente, siga toda a sua normalidade, como que se não tivéssemos passado pela não presença no tatami.
Em síntese, quanto às escolinhas estou muito feliz por ter a totalidade da adesão dos pais. Sem eles teria sido seguramente um falhanço total e é para eles que vai um especial carinho e um muito obrigado. Estão todos de parabéns, os pequenos judocas adquiriram mais conhecimentos teóricos mas também práticos.
É uma opinião unânime. Com as condicionantes existentes é possível que venha a continuar, pontualmente, com este método.
Os judocas também consideraram positiva a aquisição de mais conhecimentos teóricos, mas referiram que a componente física, nomeadamente a flexibilidade, a tática, contacto físico, o trabalho em Ne Waza, estava muito ausente.