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Sub-15: “Competitividade, a palavra que nos define melhor”

A equipa de Sub 15 do Real SC tem estado em destaque. Os comandados de Rui Siva estão no terceiro lugar da Série D do Campeonato Nacional de Iniciados, apenas atrás de SL Benfica e Sporting CP com os quais empataram 1-1. A equipa conta com 29 golos marcados e apenas dois golos sofridos.

Antes de mais parabéns pelo sucesso neste início de campeonato! A que é que acha que se deve o bom início de campeonato?

Rui Silva: Deve-se a vários fatores. Em primeiro lugar a preparação que fizemos a nível do recrutamento. É uma equipa que já está a ser construída há dois anos. Já o ano passado, nos sub 14, houve a preocupação de reforçar a equipa e este ano voltamos a fazê-lo. Em janeiro já tínhamos grande parte do plantel para esta época preparado,  portanto realço o quão importante foi o bom trabalho de recrutamento por parte do Real. O Segundo aspeto é a mentalidade competitiva da equipa, a forma como eles se entregam no treino, a ambição e determinação que eles têm, a forma como procuram sempre os três pontos seja contra que adversário for. Isso dá-nos a nós, equipa técnica, uma responsabilidade muito grande no sentido de ir ao encontro das exigências do plantel. É um grupo muito competitivo, com uma mentalidade incrível.

Tendo em conta o excelente início de campeonato, qual é que é o vosso objetivo para a temporada?

RS: É um campeonato com um formato perigoso e estamos alertados para isso. Nesta primeira fase, passam apenas duas equipas e há sempre dois candidatos crónicos (Benfica e Sporting) na nossa série. Nesta primeira fase, o objetivo é fazer o melhor possível. Se calhar, nesta altura, não pensávamos estar num dos primeiros e estamos. Também é verdade que ainda não acabou a primeira volta, vamos ver o que vai dar. O objetivo definido pelo clube é a manutenção, já que estamos inseridos nesta luta, vamos procurar ir nela até ao fim. Sabemos que é um caminho difícil e duro, mas vamos fazer tudo para conseguir passar à segunda fase. Sabemos que o mais provável é que isso não aconteça, mas não seria justo, perante a postura dos atletas e a atitude competitiva deles, abdicar de uma luta onde nos inserimos.

O que é que acha do grupo que tem à sua disposição e se os pudesse descrever numa palavra qual seria?

RS: Competitividade. Acho que é a palavra que nos define melhor a todos. Todos os atletas são muito competitivos. A competitividade interna é muito boa e isso vê-se na forma como nos conseguimos bater nos jogos. Para cada posição temos muitas soluções que nos dão garantias. Já utilizamos 25 atletas, já convocamos 30, 12 já fizeram golo e isso não é muito normal num plantel, ainda para mais nesta fase da época. Nós partimos para cada jogo, independentemente de castigos ou lesões, convictos de que o 11 apresentado nos dá muitas garantias, por isso diria competitividade. A forma como treinam, a forma como jogam e depois a competitividade interna entre eles, que acaba por passar para fora, define este grupo.

 No último fim de semana a sua equipa bateu-se muito bem frente ao Benfica, está orgulhoso do caminho que os seus jogadores têm percorrido?

RS: Estou muito orgulhoso. Encaramos todos os jogos com a mesma postura. Até agora contam-se um ou dois treinos onde o nível baixou um bocadinho, em 53 unidades de treino os atletas treinaram sempre no limite e com uma grande atitude e determinação. Isso ficou demonstrado este fim de semana! Acima de tudo, por mais que a equipa técnica quisesse por si só bater-se no jogo e jogar igual para igual com o Benfica, se do outro lado os atletas não acreditassem e não tivessem essa qualidade, não seria possível. A verdade é que isso ficou demonstrado, dentro das nossas características, pontos fortes e fracos, de facto olhamos para o jogo com o objetivo de o vencer. A conversa ao intervalo, quando perdíamos 1-0, foi nesse sentido: sabíamos que tínhamos de trabalhar para disputar o jogo e procurar vencê-lo. Estamos orgulhosos a esse nível, pelo espirito que se criou de acreditar em nós mesmos e pelo espirito de união e família no grupo, até nos atletas que não foram convocados ou que não entraram. Todos sentiram o jogo da mesma forma. Todos sentem as vitórias e os resultados menos positivos da mesma forma. Para já o nosso grande mérito e orgulho passa por aí!

Há aqui muitos miúdos com enorme qualidade. Enquanto treinador, o que é que acha que é fundamental no seu desenvolvimento enquanto jogadores para atingirem patamares competitivos altos?

RS: Acima de tudo, o Real reuniu duas condições importantes para o seu desenvolvimento: a competitividade interna e a possibilidade de todos jogarem. Os jogadores nunca podem abrandar, pois sabem que ao lado têm um colega que tem muita qualidade e vai lutar pela posição dele e isso via levar o atleta a trabalhar sempre no limite. Depois a direção possibilitou-nos estar a competir no campeonato de sub16. Há atletas que têm jogado duas vezes por semana, com particulares ao sábado e o campeonato ao Domingo, seja agora através do campeonato de sub16. Nós temos feito essa gestão, todos os atletas têm tido oportunidade de ter minutos ao fim de semana o que é muito importante para sua evolução. Depois, é continuar a perceber: independentemente de conseguirem ou não atingir objetivos coletivos e individuais o caminho é continuar a dar o nosso melhor todos os dias. Sinceramente, acho que eles estão no caminho certo!

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